hambúrguer ou cachorro-quente?

Essa é a frase que resume meus últimos domingos de quarentena. Dinheiro curto, pandemia, família reunida em casa…nada mais pertinente.

Por aqui, existem vários buracos na comunicação familiar como de praxe, mas acho que a pergunta “hambúrguer ou cachorro-quente?” sintetiza tudo. Ali tá a vontade de estar junto, a intenção de estarem todos reunidos na mesa (já que pela rotina isso sempre foi muito difícil), a ato carinhoso de ir comprar os ingredientes e depois fazer.

Depois, ah, o de sempre, meia dúzia de papo furado, às vezes, até que falamos sobre a minha vida ou um acontecimento inusitado, mas o que valeu mesmo, foi a tradição do hambúrguer ou cachorro-quente?

Not the girl next door

“Entro e saio, dentro, é só ensaio” — Paulo Leminski.